Implante na retina oferece visão artificial para pessoas cegas [vídeo] Sistema Alpha IMS envia as imagens ao cérebro e garante visibilidade em preto e branco. 73.378 visualizações Por Fabio Jordão em 21 de Fevereiro de 2013 Pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, vêm trabalhando em um implante de retina que poderá garantir a visão parcial para deficientes visuais. Conforme o documento publicado no site The Royal Society, o sistema Alpha IMS já foi testado em 9 pessoas, sendo que 8 delas tiveram a vista parcialmente restaurada. O sistema Alpha IMS consiste nos seguintes componentes: Uma rede de 1.500 eletrodos é implantada embaixo da retina do paciente; Eles são conectados a um microchip que envia os sinais para o cérebro; Há um elemento atrás da orelha que permite regular o brilho; Todo o sistema é alimentado por uma bateria sem fio; O funcionamento do implante é bem semelhante ao da visão humana: Os eletrodos detectam a presença de raios luminosos que vêm de encontro aos olhos; As informações são enviadas para o microchip; O componente inteligente repassa os dados para o cérebro; O cérebro interpreta a imagem e a pessoa consegue enxergar em preto e branco. Um sistema brilhante que não pode ajudar a todos É importante notar que, além de oferecer boa visibilidade (os pacientes podem reconhecer detalhes e até expressões faciais), o Alpha IMS também garante a naturalidade no movimento. Isso quer dizer que o paciente não precisa mover a cabeça para enxergar, sendo possível visualizar quaisquer imagens com o simples mexer dos olhos. (Fonte da imagem: Reprodução/The Royal Society) Apesar de ser uma notícia animadora, o Alpha IMS não é uma solução para todos os problemas de visão. Segundo o documento oficial, o dispositivo só pode ajudar pacientes que perderam a visão por conta de doenças que danificaram as células que detectam a luz, ou seja, ele não funciona para corrigir problemas em que o nervo esteja danificado. Ainda que não seja uma solução completa, o Alpha IMS pode receber melhorias futuras. Os desenvolvedores da tecnologia vêm trabalhando em métodos que ajudem os pacientes a melhorar as habilidades de reconhecimento. Depois dos resultados positivos nos primeiros pacientes, novos testes serão realizados em Londres, Hong Kong, Oxford e outras cidades. Fonte: The Royal Society, New Scientist