Divulgação/Cern
"Trecho da imagem de uma colisão próton-próton a 7 TeV no LHC"
Um tipo de conexão nunca antes observada entre partículas subatômicas pode ter sido detectada pelos cientistas responsáveis pelo experimento CMS, um dos detectores que fazem parte do Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo.
Em algumas das colisões entre prótons realizadas no LHC, os pesquisadores encontraram correlações entre pares de partículas que voavam para longe do ponto de impacto.
De acordo com nota divulgada pelo centro europeu de pesquisa nuclear, o Cern, 'isso revela que algumas das partículas estão intimamente ligadas, de uma forma nunca vista antes em colisões de prótons'. As colisões cocorreram a energias de 7 TeV.
Ainda segundo o Cern, o efeito é sutil, e muitas verificações foram realizadas para determinar se ele é real. O resultado parece semelhante a efeitos vistos na colisão de núcleos atômicos no acelerador RHIC, do Laboratório Nacional Brookhaven, dos EUA, e que foram interpretados como produto da criação de uma forma densa e energética de matéria.
Mas os pesquisadores do CMS destacam que há várias explicações possíveis para o efeito, e que a divulgação preliminar dos resultados tem o objetivo de estimular o debate.
'Vamos precisar de mais dados para analisar o que está acontecendo, e para dar os primeiros passos na paisagem de nova física que esperamos que o LHC vai abrir', disse o porta-voz do CMS, Guido Tonelli.
Outro experimento do LHC, chamado Alice, é otimizado para detectar os resultados de colisões entre núcleos, como as realizadas em Brookhaven, e analisar os estados quentes e densos da matéria que podem ter existido frações de segundo após o Big Bang, além de entender como essa forma de matéria pode ter evoluído para as formas conhecidas hoje.